domingo, 12 de agosto de 2012

Carregando um sonho nas mãos

Eu não sabia.
Eu achei que "semana que vem" significava que o livro só estaria pronto a partir de segunda-feira. Então eu fui na Bienal na inocência.

De longe, vi o estande da Novo Século, minha editora. Desviando da multidão que pegava autógrafos com o grande André Vianco, vi isso:


- MÃE OLHA MEU LIVRO ALI NO PÔSTER!
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Entramos no estande. E o que encontramos junto com outros livros que nem são do selo Novos Talentos??



É impossível descrever o sentimento de ver um livro seu assim. Saber que as palavras ali, quem escreveu foi você. Que alguém achou que aquilo que você tem salvo numa pasta de fanfics no seu pc foi considerado bom o suficiente por um editor.
Agora eu tenho meu primeiro livro nas mãos. E tenho certeza que é só o primeiro. Que venha Império Vampírico, a saga que eu tanto amo e que com certeza estará disponível muito em breve.

Quanto a comprar, obter e tudo mais, como nem eu sabia que estava pronto, provavelmente semana que vem vou ter informações sobre datas de lançamento e tudo mais. E aí todos vão poder comprar =)

Obrigada pelo apoio, people =D

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Só enquanto eu respirar


Enquanto houver você do outro lado
Aqui do outro eu consigo me orientar
A cena repete a cena se inverte
Enchendo a minha alma daquilo que outrora eu deixei de acreditar
Tua palavra, tua história
Tua verdade fazendo escola
E tua ausência fazendo silêncio em todo lugar
Metade de mim
Agora é assim
De um lado a poesia o verbo a saudade
Do outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fim
E o fim é belo incerto... depende de como você vê
O novo, o credo, a fé que você deposita em você e só
Só enquanto eu respirar
Vou me lembrar de você

Só enquanto eu respirar..

terça-feira, 10 de julho de 2012

Quando chegar o dia do lançamento

Se eu encontrar a pessoa X lá, lendo a sinopse


E escondida:

Community - My whole brain is crying



Tentando voltar pra lá:



Depois de muito tempo, pensando que X já foi



Após horas escondida:


Hey Analu, ele tá atrás de você



Eu:



E por fim...



sábado, 30 de junho de 2012

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Músicas gringas e suas versões brasileiras

Versões brasileiras de músicas estrangeiras... eu ia fazer um top, mas não consegui eleger uma pior ou uma melhor.

1 - Something Stupid (Frank e Nancy Sinatra no original, mas muita gente conhece a versão do Robbie Williams com a Nicole Kidman.

Versão Brasileira....

(foda é que toda vez que eu ouço a original minha mãe canta essa daí em cima =P)

2 - Linger, Cramberries

Versão Brasileira....

(Oh God, why?)

3 - ....

Alguém sabia que o original era essa aqui?



4 - Original... Take on me - A-Ha
Versão brasileira............ 
...
POR QUE?
=_=


É sério isso, produção? É sério mesmo??

.5... EVANESCENCE.. MY IMMORTAL.
Versão brasileira... TENHAM MEDO, MUITO MEDO.
Forró na veia - O mar e as lembranças




Já faz 8 anos


Que eu escrevi meu primeiro princípio de livro que efetivamente foi concluído (demorou 2 anos pra terminar, acabou em 420 páginas)
Tinhas umas criaturas bizonhas e falava de amizade, principalmente, como se esperaria de uma criança de 12 anos.

O prólogo eu corrigi/alterei/modifiquei/acrescentei coisas e se encontra logo abaixo.



Prólogo

Em toda dor é possível encontrar aprendizado. O sofrimento nunca deve ser em vão.

Existe um mundo onde criaturas completamente cegas, fadadas ao sofrimento, habitam. São especialmente egoístas, pois têm uma imagem muito concreta, desde seu nascimento, sobre si mesmo, ainda que não sejam capazes de se verem ou verem os demais.
A cegueira os fez inconsequentes. Os fez colocar os sentidos acima de todas as outras coisas. Dessa forma, esta raça pouco se preocupa com os efeitos a longo prazo de suas ações extremas, já que jamais serão capazes de ver o mundo ao seu redor.
E assim, essa raça se tornou uma peste que destrói tudo que toca. Que suga tudo que seu mundo lhe dá, sem retribuir, numa ânsia ignorante pelo hedonismo inconsequente, encontrando justificativas, apoiando-se em seu sofrimento para buscar felicidade de qualquer forma.
Para a maioria dessas criaturas, não há mais meios considerados inteligentes na busca pela felicidade. Alguns a encontram até mesmo na morte do seu semelhante. A maioria delas, aliás, não entende a diferença entre prazer e felicidade.
O mais curioso nessa espécie, e talvez o fato mais odioso, é que apesar de serem cegas, elas fingem se enxergar.

O mundo em que essa espécie habita tem seus dias contados. Uma vez belo, o pobre mundo desta raça foi completamente alterado em função da obtenção dos prazeres mais vis e egoístas dessas criaturas.
Como é importante citar nomes, esta raça foi denominada homo sapiens sapiens, e costuma se considerar a espécie mais evoluída de seu planetoide, numa clara ignorância perante as leis da natureza. Mas o que se esperaria de uma espécie cega que só é capaz de ver uma imagem irreal e superior de si mesma?

Agora falemos de outros seres.
Em um lugar fracamente compreendido pelas mentes dos homens, habitam outras criaturas. Poucos humanos deste mundo já tiveram a oportunidade de vê-las, mas se tivessem, provavelmente discordariam da ideia de que todas elas, em suas mais variadas formas, cores e tamanhos, formam uma mesma espécie.
Há, no entanto, humanos que vivem neste outro mundo. Que conhecem e convivem com essas criaturas. Que sobrevivem a elas. Pois essa espécie tornou-se muito mais forte. Um degrau acima na cadeia alimentar. Devorando humanos sempre que lhes apraz, essa raça tornou-se uma dor, um sofrimento.
Mas de toda dor é possível encontrar aprendizado. E nesse caso, deixa-la ser em vão poderá custar muitas vidas.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

E escorre mel


– Sophia não fala com ninguém. Sophia não conversa com ninguém, nem comigo. Sophia só fala com você. E quando fala, se abre, e seu corpo parece mudar, e seus olhos brilham. Sophia te ama.
– Ora, Lucas, isso é besteira… Respeito e admiração não podem ser confundidos com amor.
– Amor platônico, não foi sobre isso que falamos no clube de filosofia? O corpo de Sophia me pertence, mas a alma é inteiramente sua.


 Platônico




Aqui, fiquem com uma foto do Downey Jr desprezando o excesso de romantismo do meu livro:


segunda-feira, 4 de junho de 2012

Soltando fogo via SMS

Dragão de Wawel (Smok Wawelski, em polonês) é uma das mais antigas e conhecidas lendas da Polônia.
A gruta onde morava a besta foi nomeada Gruta do Dragão e existe até hoje, sendo um local turístico, em Cracóvia na Polônia. Há uma estátua do dragão logo na saída da caverna, e solta fogo pela boca de 5 em 5 minutos, ou quando se envia um SMS com o texto "SMOK" para o número 7168
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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Reptilianos

Segundo David Ickereptilianos são seres extra-terrenos que dominam o mundo, utilizando-se de frequências distintas de nossa realidade, aprisionando-nos em nós mesmos (Realidade Matrix), impedindo-nos de nos manter conectados à realidade.





Reza a lenda que se você fumar o cabelo do David Icke, verá reptilianos azuis.

Da condição natural da humanidade relativamente à sua felicidade e miséria



A natureza fez os homens tão iguais, quanto às faculdades do corpo e do espírito que, embora por vezes se encontre um homem manifestamente mais forte de corpo, ou de espírito mais vivo do que outro, mesmo assim, quando se considera tudo isto em conjunto, a diferença entre um e outro homem não é suficientemente considerável para que qualquer um possa com base nela reclamar qualquer benefício a que outro não possa também aspirar, tal como ele. Porque quanto à força corporal o mais fraco tem força suficiente para matar o mais forte, quer por secreta maquinação, quer aliando-se com outros que se encontrem ameaçados pelo mesmo perigo.
Quanto às faculdades do espírito (pondo de lado as artes que dependem das palavras, e especialmente aquela capacidade para proceder de acordo com regras gerais e infalíveis a que se chama ciência; a qual muito poucos têm, é apenas numas poucas coisas, pois não é uma faculdade nativa, nascida conosco, e não pode ser conseguida - como a prudência - ao mesmo tempo que se está procurando alguma outra coisa), encontro entre os homens uma igualdade ainda maior do que a igualdade de força. Porque a prudência nada mais é do que experiência, que um tempo igual igualmente, oferece a todos os homens, naquelas coisas a que igualmente se dedicam. O que talvez possa tornar inaceitável essa igualdade é simplesmente a concepção vaidosa da própria sabedoria, a qual quase todos os homens supõem possuir em maior grau do que o vulgo; quer dizer, em maior grau do que todos menos eles próprios, e alguns outros que, ou devido à fama ou devido a concordarem com eles, merecem sua aprovação. Pois a natureza dos homens é tal que, embora sejam capazes de reconhecer em muitos outros maior inteligência, maior eloqüência ou maior saber, dificilmente acreditam que haja muitos tão sábios como eles próprios; porque vêem sua própria sabedoria bem de perto, e a dos outros homens à distância. Mas isto prova que os homens são iguais quanto a esse ponto, e não que sejam desiguais. Pois geralmente não há sinal mais claro de uma distribuição eqüitativa de alguma coisa do que o fato de todos estarem contentes com a parte que lhes coube.
Desta igualdade quanto à capacidade deriva a igualdade quanto à esperança de atingirmos nossos fins. Portanto se dois homens desejam a mesma coisa, ao mesmo tempo que é impossível ela ser gozada por ambos, eles tornam-se inimigos. E no caminho para seu fim (que é principalmente sua própria conservação, e às rezes apenas seu deleite) esforçam-se por se destruir ou subjugar um ao outro e disto se segue que, quando um invasor nada mais tem a recear do que o poder de um único outro homem, se alguém planta, semeia, constrói ou possui um lugar conveniente, é provavelmente de esperar que outros venham preparados com forças conjugadas, para desapossá-lo e privá-lo, não apenas do fruto de seu trabalho; mas também de sua vida e de sua liberdade. Por sua vez, o invasor ficará no mesmo perigo em relação aos outros.


O leviatã - Thomas Hobbes

domingo, 27 de maio de 2012

Não leia após a meia noite.


Existe uma sensação tão característica e intrínseca do ser humano que deveria ter nome. Mas não tem, porque ninguém gosta de falar sobre ela.
No entanto, ela existe, e é tão forte que se manifesta fisicamente: o corpo secreta adrenalina, e disso derivam os demais sintomas tão logo a sensação se espalha. Chamá-la de medo seria genérico demais, pois o medo é apenas uma consequência da sensação verdadeira.
Nas crianças é mais comum. Também é mais perceptível. Até que, em determinada idade, torna-se uma vergonha sentir essa sensação inevitável. E as pessoas param de falar sobre ela.
Alguns poderiam dizer que trata-se apenas do medo irracional do desconhecido. Mas é mais do que isso.
Não se explica, por exemplo, por que em alguns lugares, sob iguais circunstancias, a sensação se manifesta e em outros não.
A sensação é aquela de estar sendo perseguido. De estar num quarto escuro, ou de estar sozinho, e haver alguém logo atrás de você. Um frio repentino, uma paranoia inexplicável. “Há um monstro no armário” é o que as crianças diriam. Para os que ainda não reconheceram a sensação, é exatamente aquela que desaparece no instante em que você chega à cama e se cobre.
Que explicação haveria para esta sensação?
Um pensamento incômodo me ocorre ao lembrar de uma teoria do falar popular sobre os sons que não podem ser explicados.
Há quem diga que esses sons, muitas vezes que surgem como ruídos de fundo, para os quais não damos importância, são muito mais do que o que se imagina.
Se você parar para ouvi-lo, se ouvir atentamente, há quem acredite que vai ouvir vozes.
Vozes que falam com você. Vozes querendo ser ouvidas. Vozes que, após certo tempo de prática, começarão a fazer sentido. E quando isso acontece, elas nunca mais se calam.
Vozes, no entanto, quando não são fruto de alguma desordem psicológica, têm que vir de algum lugar. De alguém ou de alguma coisa.
Não posso deixar de imaginar que a sensação de que há alguma coisa logo atrás de você, que libera a adrenalina para o corpo (um hormônio que prepara o corpo para fugir), está intimamente associada às vozes que nunca se calam.
Mas seja lá o que te causa essa sensação, parece estar associado a determinados lugares, e nunca te fazem mal físico.
Porém jamais, jamais dê ouvidos a essas vozes, em especial quando a sensação vier.
O sussurrar pode te levar à loucura, e podem estar cheios de respostas para perguntas que você jamais quis fazer. Eles podem te lembrar que entre você e eles há apenas um corpo físico frágil de sangue facilmente derramável.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

True story

"Não há nada mais desesperador para o homem do que, vendo-se livre, encontrar a quem sujeitar-se"
Fiódor Dostoiévski

segunda-feira, 7 de maio de 2012

O que ferra com o meio ambiente

É a sacola plástica (sendo o plástico 100% reciclável) que, depois de usada para transportar as compras, serve pra um milhão de coisas dentro de casa, incluindo lixo doméstico. Este, sem as sacolinhas, são substituídos por sacos de lixo, que demoram ainda mais pra degradar. Por isso o importante é fazer sacolas reutilizáveis de um material muito mais poluente e que consome muito mais energia pra fazer do que fazer sacolas plásticas mais resistentes e maiores, ou usar o já disponível material biodegradável. Também nem compensa investir na reciclagem do plástico, né. Pra quê? Vamo cobrar 5 reais na sacola bonita.

O que ferra com o meio ambiente é sacolinha plástica de supermercado, não o novo código florestal. Esse é de boa, pode dormir tranquila, viu Dilma. As sacolinhas já foram banidas.

domingo, 15 de abril de 2012

Sophia pra quem não conhece

Tem uns riscos na imagem que foram feitos pelo blogspot maldito na hora de dar upload.
O meu erro está na última frase, que saiu cortada, portanto o texto está logo abaixo.
Não fui eu quem desenhou. Na verdade é uma foto com efeitos. Afinal tá todo mundo vendo muito bem que essa é a Zoey Daschanel (e sei lá como escreve esse nome)
Clique na imagem pra aumentar, obrigada.

texto:

Quem era Sophia?
Quem era a garota, a mulher por detrás daquela imensidão verde que eram seus olhos? A garota que gritaria aos sete ventos todos os infindáveis sentimentos presos e enclausurados em seu coração de menina. Sentimentos tão fortes que uma vez libertos jamais seriam silenciados. Ou talvez, fossem apenas gritos de mentiras, de esperteza, de uma vil mulher a se esconder na pele de uma singela garotinha, uma brincadeira de enganar e fazer o abusador se sentir a vítima?
Ou ainda, e ele começara a considerar cada vez mais essa hipótese, ele fosse mesmo o dito lobo, a devorar lentamente a garotinha que, apaixonada por seu abusador, simplesmente se deixava ser morta aos poucos, quase imperceptivelmente.
Henrique, no final, não sabia absolutamente nada da garota pra quem deu aula por vários anos. Não sabia se todo o amor que ela dizia ter era real ou apenas uma brincadeira. Não sabia se ela era inteiramente dedicada a ele como se mostrava ou se seu corpo era, na verdade, de Lucas. Não sabia se os hematomas eram um sinal de sua sanidade lhe abandonando, sendo ele mesmo o agressor, ou se Lucas não tolerara perder a mais especial das garotas. Ou mesmo, se algum familiar de Sophia a estava espancando por um motivo que ele não era nem capaz de imaginar.
O que ele sabia, e para isso não havia remédio ou desculpas, era que Sophia era menor de idade, e todas essas indagações faziam parte de uma obsessão. Um crime que poderia leva-lo para a cadeia num piscar de olhos.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

terça-feira, 3 de abril de 2012

Sanidade

The last man on Earth sat alone in a room. There was a knock on the door...
Knock - Frederic Brown

Ela estava sentada na cama, abraçando as próprias pernas, queixo colado nos joelhos. Estava assim há tanto tempo que já não sentia algumas partes do corpo. Imóvel, como um inseto perto da morte, ela encarava a parede oposta, onde havia um quadro com um barco a deriva no mar. De olhar perdido, como a embarcação, sua presença parecia tênue. De alguma forma, Alice se misturava com a mobília, tão sem importância e imóvel parecia. Estava calma. O coração batia lentamente. Respirava sem perceber, relaxada e tranquila.
Moveu-se. Ouviu uma batida na porta. Uma voz distante. Não se exaltou. Levantou-se lentamente, calculando os movimentos, caminhou até a porta e a abriu.
Silêncio.
Olhou ao redor. A casa estava suja. Pensou em limpá-la.
- Alice, venha aqui!
Ela desviou os olhos para a cozinha, de onde sua mãe a chamava. Respirou fundo e deu o primeiro passo pra fora do quarto. Lembrou que estava descalça ao pisar numa pedra especialmente pontiaguda. Ou seria uma peça de um brinquedo? Percebeu que não sabia direito, mas não se preocupou em olhar. Seguiu caminho pela escadaria até o saguão de entrada. Degrau após degrau. E só então…
- Alice, não vá! Não é sua mãe!
Era a voz de sua mãe novamente, porém vinda do andar que acabara de deixar.
Assustou-se, mas não o suficiente.
Olhou para trás, tentou enxergar sua mãe. Então olhou para a cozinha. Subir ou descer?
Então, Alice desceu. Mas não foi até a cozinha. Passou pelo saguão de entrada e abriu a porta da frente. Respirou o ar pútrido de 2018. O aroma de morte a trouxe de volta pra realidade.
Nenhuma das duas vozes pertencia à sua mãe. Eram apenas resquícios de memória trazidos eventualmente por seu cérebro em seus momentos mais sádicos. Sua mãe, a verdadeira, fora morta cinco anos antes. A realidade era ainda mais bizarra que suas alucinações. Portanto, a esquizofrenia que tanto a fez sofrer em tempos melhores, hoje torna o pesadelo da sobrevivência uma experiência um tanto menos atordoante. A própria mania de perseguição, a paranoia e os monstros que só existiam em sua cabeça a ajudaram a sobreviver e nunca se arriscar demais.
Não sabia exatamente que dia era. Então olhou para o céu, incrivelmente limpo e saudável. Fazia calor. Ela sorriu e decidiu que hoje era seu aniversário. Deu meia volta e entrou em sua esplendorosa festa, onde estavam todos os seus amigos, seus pais, seu irmão. E, pendurados numa corda, de ponta cabeça, seus inimigos.
Nenhuma dessas pessoas estava viva hoje. E, às vezes, a parte saudável do cérebro de Alice costumava dizer que nem mesmo ela estava. Era quando a garota tremia e temia pelo restante de sua sanidade.



Primeiro capítulo da personagem Alice do livro de zumbis : D

quinta-feira, 8 de março de 2012

O dia internacional da mulher

Você, que já tratou uma mulher feito lixo porque ela era "burrinha"
Você, que já iludiu uma garota que era apaixonada por você
Você, que já chamou uma amiga de "irmã" sabendo que ela te amava.
Você, que já traiu quem te amava
Você, que já pensou em formas de trair sem ser descoberto
Você, que já escondeu uma traição
Você, que está namorando sem amar
Você, que já se aproveitou do alcool pra levar uma mulher pra cama
Você, que considera a mulher um pedaço de carne
Você, que depois de anos enrolando uma garota, finalmente disse que gosta mesmo é da amiga
Você, que termina o namoro na véspera do carnaval
Você que tratou feito merda quem te tratava bem
Você que comeu, virou de lado e foi embora.
Você, que tratou uma mulher feito lixo durante o ano todo e hoje, dia 8 de março, postou um "Um feliz dia da Mulher a todas as mulheres maravilhosas da minha vida!"

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

34 dias após o início da infecção

Vi meu chefe arrancar os cabelos, literalmente. E ele não era o único.
Há pouco mais de quinze dias fomos trancados no laboratório de pesquisas onde trabalhamos. Dormíamos no segundo andar, onde não haviam experiências bizarras sendo feitas. Ajeitávamos como podíamos nas camas de campanha que o exército enfiou em cada canto do lugar. Dispensaram os bolsistas e todos que não eram funcionários com carteira assinada. Mantiveram os pesquisadores, auxiliares de pesquisa e estagiários. Alguns alunos quiseram ficar. Mas no geral, ninguém quis. Nem os que ficaram.
Havia roupas limitadas. O exército entregou um pacote de roupas – macacões, no geral – para cada um, e a lavagem dessas roupas era feita uma vez por semana. A alimentação deixou de ser feita no refeitório. Lá estava o estoque da comida horrível e insossa de exército. Agora eles levavam diariamente um número contado de latas até o laboratório, onde colocamos água da torneira. No fundo da lata há um produto químico que com a água, esquenta, só pra reidratar a comida liofilizada. Os alojamentos que havia no campus do laboratório foram usados como celas para coisas indizíveis e inomináveis. Do lado extremo do prédio, mais próximo do alojamento, dava pra ouvir os urros horrendos que vinham de lá. Ninguém queria ir pra lá. Havia um tipo de barreira invisível, a qual as camas de campanha espalhadas pelo andar de cima não ultrapassavam, uma vez que os sons do prédio ao lado tornavam o sono – e a sanidade – impossível.
No começo dava pra ligar pros familiares. Explicar por que estávamos presos ali. Depois a comunicação tornou-se impossível. As linhas foram cortadas, e nenhum “fardado” dizia o motivo. Quando a bateria do último celular cessou e o último carregador foi confiscado, nós ficamos isolados do mundo.
Na verdade, nós havíamos dito aos familiares que tudo ficaria bem, que era só até descobrirmos o que estava acontecendo, que logo seríamos liberados. A grande questão é que não sabíamos por que resolveram nos fechar ali. Desde o início, quando o exército chegou, achei que iam nos levar pra casa. Mas o que fizeram foi descarregar caixas enormes. Umas trinta delas. Entraram nos alojamentos, arrancaram portas, substituíram por barras, e colocaram aquelas coisas lá. Depois nos proibiram de sair. Disseram que havia sido decretada Lei Marcial naquela tarde e que era nosso dever cívico descobrir como aquela praga funcionava. Prometeram nos libertar assim que fosse descoberto qualquer avanço.
E passaram-se quinze dias.
O andar de baixo, o de pesquisas, fora completamente reformulado. No Laboratório de Nível 2 foram implantadas sistemas de barreiras para Biossegurança de nível 4. O único do país, creio eu. Lá ficavam as amostras potencialmente perigosas, mas ninguém sabia como se dava a transmissão e ninguém queria ser a cobaia de testar.
Aliás, cobaias. As trezentas que tínhamos, a maioria já sendo testada para outras coisas antes do aprisionamento, morreram na primeira semana, sob qualquer tipo de exposição à doença.
Nos primeiros dias, algumas pessoas surtaram, achando que era um absurdo nos expor assim, tão próximos àquilo. Mas até agora ninguém foi contaminado.
Fui designado à área de testes em células humanas. Até agora não dá pra dizer que há qualquer tipo de avanço.
O primeiro passo foi extrair sangue de uma das amostras trazidas pelo exército e presas no alojamento. Não sei como conseguiram, mas trouxeram vários frascos de um sangue escuro e com o dobro da viscosidade aparente do sangue humano. Olharam isso no microscópio.
Todos os resultados que eram obtidos eram escritos num grande quadro branco. Essa primeira análise não foi diferente. Estava claro ali. Não havia células humanas. Nenhuma. Só um monte de bactérias meramente semelhantes a glóbulos vermelhos, produzindo uma infinidade de substâncias que sabe-se lá  o que são.
O sangue foi centrifugado e as bactérias foram isoladas. Parte disso foi inoculado em algumas das cobaias, que morreram todas. Outra parte sofreu extração de seu DNA, mas os resultados de eletroforese indicaram que o DNA é absurdamente grande para uma bactéria. Mandaram isso pra sequenciamento de DNA, mas os resultados ainda não chegaram. Ao que parece, a sequencia pode ser maior que a humana, o que torna quase impossível o sequenciamento rápido e preciso com o equipamento que dispomos aqui. E uma outra pequena parte das bactérias isoladas foram trazidas até meu grupo de pesquisa pra inocular nas células embrionárias que já tínhamos.
Basicamente, quando inoculadas, as bactérias destroem completamente todas as células que encontram pela frente, e passam a produzir seus próprios metabólitos.
Ainda estamos tentando sequenciar o DNA absurdo dessa coisa. Também estamos tentando manter a sanidade, vendo a capacidade de transmissão e destruição que isso tem, sem contato com o mundo exterior e presos ao lado de um enorme zoológico de horrores que se tornou o alojamento.
Há seis dias não sei o que se passa lá fora.
- primeiro relato

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Um dia

eu sonhei trabalhar num jaleco, descobrindo coisas que ninguém tinha descoberto.
Também sonhei entrar numa faculdade pública
Sonhei, antes de tudo isso, ser escritora.

Nunca pensei que conseguiria tudo isso antes dos 20 anos.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Vamos falar de pessoas problemáticas (pra mim)

- Pessoas que têm medo de mim. De falar alguma coisa por medo da minha reação. Pessoas que querem perguntar algo e não perguntam, e ficam criando hipóteses na cabeça, considerando sempre a errada como certa.


- Pessoas peso morto. Daquelas que não percebem quando PQP JÁ DEU, SAI DAQUI.

- Pessoas depressivas. Nada me incomoda mais do que reflexões profundas sobre seu âmago, sua alma, seu eu mais profundo, suas dores, seu passado triste, rimas de mórbido com sórdido, cabeça fechada ao sofrimento e apatia. Seu sofrimento não é maior do que o de ninguém. Seu esforço, no entanto, pode ser, se você abrir mão desses sentimentos de desistência =D
- Muito importante! Pessoa que se corta, não se mata. Pessoa que diz que quer se matar, não se mata. Pessoas se matam e ninguém sabe por que. Sempre todos ficam perguntando-se "o que aconteceu com fulano, ele parecia tão bem!". Porque se você sabe que alguém quer se matar, é porque essa pessoa quis que você soubesse. Se ela quis é porque queria que alguém a ajudasse. Suicidas não tentam procurar ajuda, na maior parte das vezes. E pra mim pseudo-suicida só quer atenção. Atenção que eu não tenho a menor vontade de dar.
- Se eu não te respondo, pare de falar. POR FAVOR. =)
- Ninguém é melhor que ninguém e nunca é tarde pra se esforçar. Sentimentos de desistência nunca são justificados o suficiente pra me convencer.
- Sua família não é pior do que a de ninguém. Problemas sérios todos têm, diferentes uns dos outros. Você pode ter um problema com a mãe, eu posso ter com um pai, não significa que seu sofrimento é maior porque você não conhece os meus problemas.
- Aquela pessoa que você sente até raiva de tão feliz, é a que mais sofre (não me refiro a mim, no entanto. É só pra depressivo parar de gritar por aí que é triste achando que só você é triste)
- ATEUS QUE POSTAM CRÍTICAS GRATUITAS A RELIGIOSOS, morram =)
- Meus problemas não são facilmente resolvidos. Não me julgue pelas minhas derrotas, elas não foram por falta de esforço ou tentativas, mesmo que pra você algo seja fácil, pra mim pode não ser. E pode apostar que ainda não desisti dessas lutas, mas cada coisa tem seu tempo e EU decido o meu. Não force.
- Se eu não pedir ajuda, não ajude.
- Se você postar coisas dignas de pena, as pessoas vão sentir pena. E isso é o pior sentimento que podem ter por você.
- Agir como se tivesse o rei na barriga também dá pena, porque todos sabem que você não tem e que isso é um sentimento desesperado de auto-afirmação.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Ser escritora é difícil

Mas pensa num negócio difícil, frustrante e ilusório. E mesmo assim a melhor coisa do mundo.

A coisa é o seguinte.
Eu escrevi um livro. Inicialmente se chamava Simple Math, mas por questão de aportuguesamento "fail", acabei chamando de "Platônico". Mandei registrar e tudo mais, como manda o figurino.

Eis que eu decido mandar pra algumas editoras, só as que aceitam o trabalho por email mesmo, sem mandar pelo correio, porque fica MUITO caro. E quero ressaltar esse fato, pois é de extrema importância: não mandei pelo correio POR FALTA DE DINHEIRO.

Uma das editoras que mandei, a Novo Século, na verdade pede um formulário com o resumo da obra. Se eles gostarem, mandam um email pedindo o livro todo.

A grande questão é: quem raios espera uma resposta de editora GRANDE em 3 dias?
Eu esperava a primeira resposta em 4 meses, no mínimo, vindo de uma editora qualquer sem nome, cordialmente negando o livro "pois não estamos optando por este tipo de publicação no momento" (lê-se APRENDE A ESCREVER, BEIJOS).

Enfim, a Novo Século mandou um email 3 dias depois de eu mandar o formulário, dizendo que o formulário havia sido aceito e pedindo que eu enviasse a obra completa para análise.
Daí sim, pensei eu, 4 meses esperando e aposto que nem resposta vou ter.

2 FUCKING DIAS DEPOIS a editora manda um novo email dizendo que o livro FOI ACEITO PARA PUBLICAÇÃO.

Lindo, maravilhoso, nirvana total, certo?

Mais ou menos.

Apesar de ser uma editora grande (e a tiragem inicial para novos autores relativamente alta deriva disso), a Novo Século precisa se garantir que não está investindo num grande fracasso, e não tem como prevenir isso. Com uma tiragem inicial de 1500 exemplares, é regra que o autor compre 500 desses exemplares para vender por conta própria. É uma forma de, mesmo que não venda nada, pelo menos ela não arcou com isso sozinha.

Qual é o preço desses 500 exemplares?
Digamos que se eu tivesse esse dinheiro, não estaria andando de ônibus ou a pé.

E isso não é o fim!!

Eis que hoje abro meu email e vejo que outra editora aceitou meu formulário. Dessa vez uma editora pequena, sem grandes publicações, mas que eu não teria que pagar nada pela primeira tiragem (!!!) de uns 300 livros.

E agora, José?

Reunião com o editor marcada para terça-feira.

E o vestibular?
Nossa, estou BENZI preocupada com isso =P

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Ateu botando a culpa em Deus pelos males do mundo

Mas sem fazer nada a respeito
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(é tipo aluno que foi mal na prova e diz "o professor me deu tanto". DEU O CACETE, VOCÊ QUE TIROU.)

Ateus gonna dizer "é, mas vocês só rezam e rezar não ajuda em nada".

Verdade.
Ainda bem que eu não rezo.




Um beeeeijo.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Quando eu era pequena,

Tipo, menor que agora...

Eu queria ser ginasta olímpica.

Mas daí eu pensei "estou velha demais pra começar no esporte"

E assim, aos 8 anos, decidi que queria ser escritora.

E coloquei na cabeça que ia fazer Jornalismo ou Letras.
Depois eu descobri que eu não precisava fazer isso pra ser escritora.


Aos 10 anos eu queria ser cientista.
Mas daí eu pensei "Não existem cientistas, só pessoas que descobrem coisas ao acaso e vestem roupa branca"

Foi algo parecido com o que eu pensava dos índios até os 6 anos (eu achava que índio era coisa do folclore, igual o Saci-pererê)


Daí eu decidi que ia mudar o mundo e quis fazer geopolítica (e hoje eu nem sei se isso existe mesmo).
PUTA REVOLTS
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Mas com o tempo percebi que não queria mudar o mundo, era difícil demais. E resolvi fazer Biotecnologia, porque Biologia e Quimica era legal.



OMFG TANTAS ORGANELAS LINDAS



O Cotuca lavou minha mente por um ano inteiro e me fez querer Engenharia de Alimentos.
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Depois eu voltei pra Biotecnologia.

E agora estou prestando Biologia, e eu descobri que cientista não é coisa do folclore e não descobrem as coisas ao acaso, mas sim com um esforço do caramba e muitas falhas no caminho.