Que eu escrevi meu primeiro princípio de livro que efetivamente foi concluído (demorou 2 anos pra terminar, acabou em 420 páginas)
Tinhas umas criaturas bizonhas e falava de amizade, principalmente, como se esperaria de uma criança de 12 anos.
O prólogo eu corrigi/alterei/modifiquei/acrescentei coisas e se encontra logo abaixo.
Prólogo
Em toda dor é
possível encontrar aprendizado. O sofrimento nunca deve ser em vão.
Existe um
mundo onde criaturas completamente cegas, fadadas ao sofrimento, habitam. São
especialmente egoístas, pois têm uma imagem muito concreta, desde seu
nascimento, sobre si mesmo, ainda que não sejam capazes de se verem ou verem os
demais.
A cegueira os
fez inconsequentes. Os fez colocar os sentidos acima de todas as outras coisas.
Dessa forma, esta raça pouco se preocupa com os efeitos a longo prazo de suas
ações extremas, já que jamais serão capazes de ver o mundo ao seu redor.
E assim, essa
raça se tornou uma peste que destrói tudo que toca. Que suga tudo que seu mundo
lhe dá, sem retribuir, numa ânsia ignorante pelo hedonismo inconsequente,
encontrando justificativas, apoiando-se em seu sofrimento para buscar
felicidade de qualquer forma.
Para a maioria
dessas criaturas, não há mais meios considerados inteligentes na busca pela
felicidade. Alguns a encontram até mesmo na morte do seu semelhante. A maioria
delas, aliás, não entende a diferença entre prazer e felicidade.
O mais curioso
nessa espécie, e talvez o fato mais odioso, é que apesar de serem cegas, elas fingem
se enxergar.
O mundo em que
essa espécie habita tem seus dias contados. Uma vez belo, o pobre mundo desta
raça foi completamente alterado em função da obtenção dos prazeres mais vis e
egoístas dessas criaturas.
Como é
importante citar nomes, esta raça foi denominada homo sapiens sapiens, e costuma se considerar a espécie mais
evoluída de seu planetoide, numa clara ignorância perante as leis da natureza. Mas
o que se esperaria de uma espécie cega que só é capaz de ver uma imagem irreal
e superior de si mesma?
Agora falemos
de outros seres.
Em um lugar
fracamente compreendido pelas mentes dos homens, habitam outras criaturas.
Poucos humanos deste mundo já tiveram a oportunidade de vê-las, mas se
tivessem, provavelmente discordariam da ideia de que todas elas, em suas mais
variadas formas, cores e tamanhos, formam uma mesma espécie.
Há, no
entanto, humanos que vivem neste outro mundo. Que conhecem e convivem com essas
criaturas. Que sobrevivem a elas.
Pois essa espécie tornou-se muito mais forte. Um degrau acima na cadeia
alimentar. Devorando humanos sempre que lhes apraz, essa raça tornou-se uma
dor, um sofrimento.
Mas de toda
dor é possível encontrar aprendizado. E nesse caso, deixa-la ser em vão poderá
custar muitas vidas.
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